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12/07/2017

O que estamos esperando?

Inicie qualquer conversa com qualquer pessoa e perceba que no decorrer do assunto aparecerá a famosa frase: estou esperando...

Estamos esperando... parar de chover, ter mais dinheiro, ter mais foco, ter mais disciplina, o filho crescer, as férias chegarem, uma oportunidade, ter coragem, ter motivação e por aí vai, para só então fazermos algo.

Colocamos tantos entraves no tempo presente que “estar esperando” virou um único verbo no qual acreditamos estar presos e sob a rígida condição dele para agir.

Nos escondemos por detrás dessas palavras para nos proteger da responsabilidade, da preguiça, do compromisso, da ação, muitas vezes de forma inconsciente.

Contraditoriamente vivemos no mundo da velocidade em que tudo pode acontecer com a rapidez de um flash com apenas um click, o que gerou uma gigantesca massa de seres humanos declaradamente ansiosos, ávidos pelo próximo momento, mas que também “estão esperando...”

Claro, a espera sempre foi uma das grandes dificuldades do ser humano, pois ela nos exige paciência, algo muitas vezes escasso e raro nos dias de hoje. Porém o que tem acontecido é que estamos confundindo o que realmente tem de ser esperado, pois detem e requer o fator tempo(como o resultado de um exame, uma encomenda etc) e transformando quase tudo que requer qualquer tipo de esforço em uma forma paralisante de espera que nos foi imposta.

Armadilha criada por nós, passamos a acreditar firmemente na falsa forçada espera e nos limites que essas duas palavrinhas "estou esperando" criaram em nossas vidas e que nos impõe restrições pesadamente cada vez que pronunciadas sem consciência junto aquilo que se quer.

O que estamos esperando? O que você tem esperado? 

Reveja o que tem deixado de fazer e faça uma lista, separe o que é de fato uma espera REAL do que é criação sua, quebre essas barreiras imaginárias e deixe sua vida fluir melhor. Não há coisa que nos liberte mais do que quebrar limites invisiveis e irreais para só então poder fazer e realizar o que reamente importa.

 

Por Marina Godinho

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